CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
SAÚDE MENTAL E RELIGIÃO
O doutor em medicina Larry Dossey relatou que seus pacientes que recebem orações e/ou que oram, tomam menos medicação, tem alta mais rápido e conseguem lidar melhor com o sofrimento. Pesquisas demonstram que as pessoas que têm algum engajamento religioso conseguem manter uma associação preventiva com o sofrimento psíquico.
É claro que isso não significa que acreditar em Deus faz com que as pessoas sejam imunes a doenças, mas que a religião pode ser um caminho interessante para ter competências para lidar com o sofrimento.
Pensando mais argutamente, percebemos que o transcendental, o acreditar nos eleva a um patamar de consciência que promove a calma e o alívio, porque a conexão com Deus nos doa esperança, por meio da fé.
Outras pesquisas mostram que pessoas que participam de um grupo religioso se beneficiam do estímulo a comportamentos saudáveis, muitas vezes, buscando uma socialização, por desejarem e escolherem estar com outras pessoas que possuem o mesmo pensamento.
Whitney Goodman deixou escrito que “quando comunidades religiosas cultivam aceitação, fé e compreensão, associarmo-nos a elas pode ser extremamente benéfico (GOODMAN, 2022, p. 62)”.
Uma questão muito interessante para pensar é o fato de que, o desejo de buscar um padrão mais interessante de vida, a busca pela felicidade, se torna necessário nos apequenarmos e, muitas vezes, apenas a religião nos promove este tipo de comportamento.
Evidentemente que não é somente coisas boas que encontramos no mundo religioso. Infelizmente existem charlatões e muitas, muitas pessoas que não têm um compromisso genuíno com Deus. Estes, por causa do comportamento, mostram um lado negativo que, muitas vezes, só existem neles, não na religião.
“Para eliminarmos a positividade tóxica da religião, temos que focar naquilo que realmente precisamos e no que queremos dela – uma estrutura de esperança, coletividade e um conjunto de padrões de vida”, completa Goodman (2022, p.62).
Um grande abraço para você!
Referência:
GOODMAN, Whitney. Positividade tóxica. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2022.
Instagram: eduardo_baunilha_psicanalista